A seiva elaborada produzida nos órgãos fotossinteticos vai ser transportada a todas as restantes células da planta pelos vasos floémicos.
A seiva elaborada é constituida por sacarose, nucleóticos, hormonas, aminoácidos e iões orgânicos.
Experiência de Malpighi
Para compreender onde e como circulam os compostos orgânicos, Marcelo Malpighi, no séc. XVII fez a seguinte experiência:
Seccionou uma planta em forma de anel, tendo o cuidado de extrair todos os tecidos à volta do xilema, incluindo o floema. Retirou todas as folhas abaixo do corte. Passado uns dias pode verificar que a planta na parte superior do corte ainda estava viçosa e que no corte, no bordo superior havia um "inchaço" cicatrizado e no bordo inferior não existia.
Às folhas da planta na parte superior do corte eram-lhes fornecido a água e sais minerais, substâncias necessárias à produção de matéria orgânica, isto porque Malpighi não seccionou o xilema. As plantas elaboravam a seiva elaborada que é enviada para o floema na parte superior do corte, quando este ao descer encontra obstrução e acumula-se provocando o "inchaço" - ENTUMESCIMENTO - aumento de volume, no bordo superior.
Enquanto a parte inferior ao corte da planta tiver reservas de compostos orgânicos, a planta vive. Quando as reservas acabam, as raízes deixam de absorver a água e os sais minerais e a planta morre.
A experiência de Zimmermann
Para conhecer composição do Floema, Zimmermann em meados do séc. XX pegou num pulgão que se alimentava e anestesiou-o, cortou-lhe o estilete (armadura bucal) de forma a que este fica-se preso na planta.
Observou que o floema estava sempre a sair (horas) da planta.
Retirou a amostra do fluido e estudou a sua composição.
Verificou que as substâncias que compunham o fluido era: sacarose, nucleótidos, hormonas, aminoácidos e iões orgânicos.
Com esta experiência, para além da composição do floema, pode-se concluir que o floema está sob pressão.
A experiência de Munch, 1926
A deslocação de materiais no floema tem sido explicada pela teoria do fluxo de massa proposta pelo Munch.
Munch utilizou dois recipientes, um com uma solução concentrada em sacarose, mergulhado no frasco A, e outro recipiente com uma solução de sacarose mais diluída, mergulhado no fraso B. Ambos tinham membranas permeáveis à água e impermeáveis à sacarose. Os recipientes estavam ligados por um tubo de vidro.
Verificou que a água do frasco B (meio hipotónico) deslocou-se para o recipiente A (meio hipertónico), criando uma pressão que obrigou a solução a deslocar-se para B.
O fluxo pára quando as concentrações se igualam nos recipientes A e B.
Teoria do fluxo de massa
Esta teoria considera que a sacarose se desloca através dos vasos crivosos, devido à existência de um gradiente de concentração, desde o órgão de produção, as folhas, até aos locais de consumo que são os tecidos ou órgãos em formação ou crescimento e os órgãos de reserva durante a fase de acumulação de reservas.
A glicose, produto resultante da fotossíntese, é convertida em sacarose. A sacarose desloca-se do mesófilo (na epiderme), para os elementos do tudo crivoso por transporte ativo com a ajuda da célula companhia (energia).
Com o aumento de concentração da sacarose no floema dá-se um aumento da pressão osmótica nos tecidos circundantes e a água do xilema e das células vizinhas entra por osmose nos tubos crivosos do floema aumentando a pressão de turgência e causa a deslocação da seiva elaborada, através das placas crivosas para locais com menor pressão.
A sacarose passa, possivelmente por transporte ativo para os órgãos onde vai ser utilizada ou de reserva. Esta saída faz com que as células dos tubos crivosos fiquem hipotónicos, a pressão osmótica desce, e água regressa às células vizinhas e ao xilema por osmose.
A passagem da sacarose a todas as células será feita, posteriormente, através de transporte citoplasma a citoplasma. É depois degradada em glicose e utilizada para a respiração celular, ou polimeriza-se e forma amido (produto de reserva).
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